Acabei de ler no Teatro Anatómico, do Manuel Jorge Marmelo, a referência à insolvência e desaparecimento da Campo das Letras. Presumo que seja verdade... e lamento, muito e profundamente. Não sei que diga ou escreva, nesta hora de pesar, sobre uma editora que tanto me deu e à qual eu tanto devo desde o "Órfão da Guerra Fria".
Lamento pelo bom pessoal que por lá conheci e com quem sempre me dei tão bem: Jorge, Joana, Margarida, Ângela, Graça, Miguel, Hermínia... Das conversas e sugestões ficaram amigos para toda a vida e que espero continuar a encontrar nesta vida, por aí.
Lamento pelos excelentes autores que deu a conhecer e sempre me acompanharam desde o nascimento da editora.
Lamento por várias colecções maravilhosas - o que vai acontecer à "Shakespeare para o Século XXI"?
Lamento pela perda para a cultura literária portuguesa de uma editora de referência e, sobretudo, desalinhada e descentrada dos poderes e geografias mais habituais.
Ao que parece nem sequer será possível dizer até sempre...
Acabámos de ficar, todos, muito mais pobres.
2 comentários:
Acabo se saber, por si. Estou sem palavras...dói fundo fundo. Desorienta-me o sentimento de perda. :( Logo ligo à Cláudia Abreu. estou inquieta por ela....
Pois é... as concentrações, fusões e outras m*s terminadas em ões dão nisto! Cada vez mais uniformes e cinzentos, sem alternativas ao que as grandes editoras internacionais promovem, lá seguimos cantando e rindo.
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