Devendra a Peniche, já!

No final da festa do surf mundial, em Peniche, com mais ondinhas do que tubos ou supertubos, que tal esta música do Devendra Banhart, "Baby", só para curtir o momento?

Adepto maldoso

Estava o Jorge Jesus muito bem posto e descansado em sua casinha, quando, na entrevista publicitária após o jogo, lhe perguntaram se poderia passar sem massacrar os adversários que lhe vão calhando pela frente.

Ao que o ilustre "vintém" respondeu:

- Poder até podia, mas sem cólquer dúbeda não era a mesma coisa.

Vindo do outro lado do Atlântico, e preparado para se pôr a meio caminho das Américas, retorquiu o sacrossanto e irrepreensivelmente douto Machado, à pergunta se poderia passar sem debitar tão longas e judiciosas sentenças nas flash-interviews:

- Poder, até poderia. Contudo, e na perspectiva de quem se sente plenamente satisfeito com a exibição plena de faculdades próprias, perante a ignóbil incompetência da maioria dos indivíduos que se dignam colocar-me questões que consideram pertinentes nestes curtos momentos após os jogos, e sobretudo quando não há mais nada para afirmar ou redarguir sobre os resultados que, apesar de toda a minha sapiência, este clube continua a coleccionar, não seria segura e certamente a mesma coisa!

Kevin Widemond

Bye Kevin.
See you... Anywhere, and everywhere!

Scarlett

Aqui se expõe mais uma razão para apreciar, com a devida vénia pelas suas belíssimas e variadas qualidades (orais, vocais, labiais, faciais, corporais, eteceterais e outras que tais), a atraente Scarlett Johansson, no dueto com Pete Yorn, "Relator".

Malalai Joya

Nos dias de terror constante em que vivem, os afegãos têm, em pessoas como Malalai Joya, a esperança de um dia poderem voltar a ser uma nação por direito próprio.

Palavras duras, como as que esta activista dos direitos humanos mais básicos usa no seu país e no estrangeiro, continuam a ser necessárias para alertar as consciências para as violações mais infames cometidas sobre seres humanos inocentes em todo o Afeganistão.
Palavras como estas, "Quem quer falar a verdade, é ameaçado, assassinado, convidado a sair do país ou tem de fugir", ou ainda, "Obama devia pedir desculpa ao povo afegão".

"Três Vidas"

Assinala-se mais uma vitória de autores da Quidnovi no Prémio José Saramago. Desta feita foi João Tordo, com a obra "Três Vidas".

Sinal dos tempos esta aposta num jovem, dirão. Mas também, não poderão deixar de saber, sinal da enorme perspicácia e das qualidades olheirísticas (metáfora futebolística...) de Maria do Rosário Pedreira (editora da Quidnovi) para continuar a dar lugar a gente de talento, que tão bem escreve em Português.

Vale a pena ler a obra e valerá seguramente a pena seguir a carreira futura do João Tordo.

Parabéns.

Tempo

"Sem tempo para se coçar." Julgava eu impossível. Afinal não é. Pode mesmo ser verdade. Eu que o diga. Não tenho sequer tempo para ser quem sou. A maior parte do tempo vivo acelerado pelos ritmos impostos por outros.

Já não bastava isso de ter de viver outras vidas. De ter de ser invisível. Agora nem sequer posso viver a minha própria vida.
Tempo disponível. Que bem tão essencial e, contudo, tão fugidio. Para quê? Perguntam. Pois também eu me questiono.

Por vezes, ninguém se apercebe que o tempo assim ido nem sequer valeu a pena ser vivido.
Regurgitações de quem não tem tempo, é o que é.
Até um dia.

Obsessão

Sim, já sei que é uma obsessão. Mas é boa, ou não é? Digam lá se não vale a pena ver e ouvir esta banda.

"The Sweetest Thing", dos Camera Obscura.

Nada

Este curto alinhamento de algumas palavras apenas pretende cumprir o desígnio de não afirmar nada. De facto, há algum tempo que vinha a pensar que nem sempre teria que vos maçar com imagens ou ideias que fizessem algum sentido.

Hoje achei que, definitivamente, mereciam não ler nada de jeito aqui. Nem sequer devem pensar que o que aqui estão agora a ver valeria a pena ser lido se tivessem pensado melhor antes de o fazerem.

Pois é. Nada. Eis o que vale o que acabaram de ver. Nada.

Já agora, obrigado por continuarem a interessar-se em passar por aqui, nem que seja só de vez em quando.

BJH 2

Na sequência do anterior, a roupagem mais moderna dos Barclays James Harvest, e as inevitáveis consequências da passagem dos anos em "Mockingbird"...

Barclay James Harvest

Também eu os julgava desaparecidos na voragem da modernidade. Não fora o amigo de há 20 anos - grande Zé - e não me lembraria sequer de os recordar novamente. Mas, afinal, dia 9 de Outubro, já depois de amanhã, na Aula Magna, em Lisboa, em espectáculo esgotado, estarão os Barclay James Harvest. Para o Zé, e cara-metade, os desejos de um belo espectáculo, a reviver momentos como os que o inesquecível "Hymn" nos trazem à memória.

Ouvir

Para ouvir, de José Luís Peixoto, em A Casa, a Escuridão, o poema "Palavras para a minha mãe".

Ler

Para ler, em Gaveta de Papéis, de José Luís Peixoto, o poema "Não há motivo para te importunar a meio da noite".