2010

QUE 2010 NOS TRAGA EM DOBRO TUDO AQUILO QUE MAIS DESEJARMOS!



Beirut com "Sunday Smile"

All I want is the best for our lives my dear,
and you know my wishes are sincere.
What's to say for the days I cannot bear?

A Sunday smile, we wore it for a while
A Sunday mile we paused and sang
A Sunday smile, we wore it for a while
A Sunday mile we paused and sang
About a sunday smile, and we felt clean

We burnt to the ground,left a view to admire
Buildings in sight, church of white.
We burnt to the ground,left a grave to admire.
The hills reach for the sky, reach the church of white

A Sunday smile, we wore it for a while
A Sunday mile we paused and sang
A Sunday smile, we wore ir for a while
A Sunday mile we paused and sang
About a sunday smile, and we felt clean

Celebração

Para celebrar um ano de actividade e 5000 passagens por este blogue, algumas imagens que ilustram os sons de Ólafur Arnalds, na comemoração dos 3 anos de existência do colectivo "Erased Tapes".



Um maravilhoso ano de 2010 para todos nós.

UAAUU!

Num ano, cheguei aos 5000 visitantes deste blogue.

UAAUU!

Obrigado a todos os que por aqui passaram e têm lido as curtas e não tão curtas mensagens, opiniões, observações, ou simples comentários que, por vezes, aqui deixo. Espero conseguir continuar a merecer a atenção de todos e, quem sabe, com o novo ano atrair também outras gentes.

UM EXCELENTE 2010 PARA TODOS, REPLETO DE MUITAS COISAS BOAS.

Imagine!

Da amiga Josélia chegou-me este "postal" animado de uma alegria tão especial e um carinho tão original que não poderia deixar de o partilhar.

BOAS FESTAS

Para todos os que por aqui passam e são tocados por um pedacinho destas sensações!

Fairytale

Aproxima-se o Natal, em velocidade de cruzeiro, e aqui vai uma prendinha para uma miúda espectacular e bem gira, "The Fairytale of New York" – uma das mais belas canções de Natal, de sempre – dos eternos The Pogues.

Maria do Rosário Pedreira - a Editora

Já vários o disseram - José Mário Silva, Blogtailors ou Isabel Coutinho - a Maria do Rosário Pedreira sai da QuidNovi e parte para a LeYa.

Juntamente com os meus votos de muitas e boas venturas para ela, vão também os meus desejos de que os novos autores portugueses possam vir a ganhar com a confiança que um grande grupo deposita nesta descobridora e fomentadora de novos talentos.

Para a notável Ana Pereirinha, que continua na QuidNovi, o desejo de muito sucesso nesta carreira mais solitária.

TV cabo tinices

Agora só mesmo a TV Cabo para se juntar aos da PT...

- Reset dos parâmetros.

- Mas já fiz isso!

- Actualização do software.

- Mas também já fiz isso.

- Agendamento de visita técnica.

- Já vieram 3 vezes!!

- Será contactado no espaço de 10 horas.

- Obrigado e até sempre.

Será que todos podem continuar impunes?

PT niquices

Atendi o telefone. Após alguns dias sem pio, o dito dava novamente sinais de vida.

- Ó Hélder, queres que desligue a caixa?

....

- Tás a ouvir? Ou é melhor ligar antes o XVZPTO?

...

- Sim?! Tás aí?

- Olha, tás-me a ouvir?

Fascinado, deixei-me ficar a ouvi-los atentamente, enquanto prosseguiam naquela conversa aparentemente de surdos.

- Ó Hélder, se calhar é melhor ligarmos os fios na central outra vez.

...

- Ou não?

- Tou, tás-me a ouvir?

É assim que a PT resolve os problemas de má ligação ou avarias, pensei. Põe dois indivíduos, numa qualquer catacumba, a falarem um com o outro, e a resolverem o problema.

Contudo, parei por instantes e fiquei a pensar se não seria antes uma escuta desviada de Aveiro aqui para Ovar? Será que o meu número iria aparecer por aí, numa dessas páginas da Procuradoria ou de um DIAP recôndito, associado a mais uma negociata de corrupção?

Ai, deixa-me já dizer alguma coisa ao Hélder, antes que tenha de fazer o mesmo que o Vara e mandá-los ver as minhas contas bancárias. Que vergonha seria saberem a miséria que por lá anda.

- Alô, Sr. Hélder?

...

- Tou Hélder, tás aí?

- Estou sim, sou eu. Um cliente PT. Os senhores estão a usar a minha linha para conversar ou para a arranjar?

- Tou... Hélder? Tás a ouvir?

- Desliga a m... da caixa! Tá práqui um gajo a meter-se. Desliga isso.

- Tou, Hélder!?

...

- Meus senhores, agradecia que me ligassem novamente o telefone. Já agora, e por obséquio, gostava que pusessem a linha a funcionar como deve ser.

Desliguei e fui à minha vidinha, mas acho que o Hélder e o outro andam por aí.

Irritação

Irrita-me esta falta de caminho, os atalhos que têm de se usar, as vielas sujas que sou obrigado a percorrer.

Por outro lado, irritam-me as auto-estradas e vias rápidas intermináveis, com áreas de descanso imundas. De paisagens anódinas e relevantes apenas para as economias das empresas construtoras.

Sigo a pé. Sem descanso.

Só.

Glen Hansard e Marketa Irglova, os The Swell Season, com "Low Rising".

Obama e Brown

Simpatia e boa educação, ou a atitude simples e descomplexada de quem não precisa de impor a sua presença distante para ser respeitado? Vejam e julguem.

(Graças à Ângela).

(In)Glória

Da final da Supertaça entre Benfica e Ovarense, ontem, em Albufeira (porquê lá? será que para a FPB só contam as ofertas e não os públicos conhecedores?!) restará para a história apenas o resultado final: 69-61.

Mas a derrota da Ovarense não foi inglória. Demonstrou que uma equipa pode ser bem mais do que a soma desgarrada das figuras que compõem o Benfica. Perdemos, é certo. O Benfica ganhou, também é verdade. No historial da prova e nos números ficará mais uma Supertaça para o Benfica e menos uma para a Ovarense, não deixa de ser um facto.

Contudo, só nós percebemos que estivemos a um pequeno passo de ganhar, com um orçamento e uma equipa de não-estrelas. Contra um gigante com pés de barro e sem comandante, como se via (e ouvia) a cada desconto de tempo no banco do Benfica.

O resto da época o dirá, mas creio que tanto azar neste início nos virá a trazer algumas alegrias no final.

Próximo do desespero

Aproxima-se o final do ano e os 5000 visitantes ainda não passaram por cá.

Com um fim-de-semana de chuva e tão deprimente, vamos lá animar com um dos argumentos que afirmei não querer usar: sexo! Os Lawrence Arabia com "Apple Pie Bed".

Relatórios, relatórios, relatórios

Aprochega-se o final do ano e lá começa a paranóia: "É preciso um relatório que descreva o estado actual de..."; "Temos de elaborar um relatório para monitorizar a situação de..."; "Deve apresentar um relatório que enuncie..."

F...-se!

Para quê tanto relatório?

Para que depois de uma compilação de inúmeros relatórios se apresente um outro e derradeiro relatório sobre os relatórios anteriores?

Será que alguém lê com seriedade tantos relatórios e tece juízos de alguma forma acertados sobre o que leu?

Ou será que toda essa papelada vai parar a um dossier que arquiva relatórios que nunca ninguém leu?

Já não há pachorra.

Para quando a criação de um falatório?

Talvez assim pudéssemos poupar tempo e fomentar mais de perto as relações pessoais, em vez de nos encafuarmos nos gabinetes a escrever textos que não interessam para nada, mantendo-nos alheios das pessoas e das ideias interessantes que por aí possam vaguear.

Plano Inclinado da Educação em Portugal

Ouçam bem, de princípio a fim. Sobretudo os pais que tanto criticam os professores sem saber bem do que falam!

Percebam o que tem sido feito da educação neste país, pela gente do "eduquês".

Percebam como muitos professores têm sido obrigados a seguir directivas erradas.

Percebam o que é hoje a escola, em comparação com aquela que frequentaram.

Percebam o que as estatísticas não mostram: a ignorância crassa.

Tomem consciência do papel que nos cabe a todos, de intervenção e exigência.

Semana 2

Ou, numa onda mais mexida, "The Fenomenal Handclap Band", com 15 to 20.

Semana

Instituam-se as semanas curtas... por decreto. Já!
E ouça-se Blood, dos "The Middle East".

Marretas

Ouvi na Rádio Comercial... E não resisti a recordar "Bohemian Rhapsody", num tributo dos Marretas aos Queen, 18 anos depois do desaparecimento de Freddie Mercury.

Chimamanda Adichie

Ao ouvir Chimamanda Adichie - uma jovem escritora nigeriana - nesta lição notável, recordei as palavras e ideias sábias de Basil Davidson, em O Fardo do Homem Negro, (Campo das Letras, 2000. Tradução JP.).
Os preconceitos e as ideias feitas sobre África e as suas gentes perduram, apesar do esforço de tantos como Chimamanda e Davidson. Valeria sempre a pena pensar nisto. Mas ainda mais hoje, quando África poderia ser a nossa ponte para o mundo.

"Somewhere..."

"Somewhere only we know", dos Keane: porque a nostalgia da vida passada pode ser um bálsamo ou até um revitalizador para a vida presente.

Afinal, futebol

Disse que não iria falar de futebol, mas tenho de abrir uma excepção para referir o apuramento de Portugal para o Mundial da África do Sul, e, sobretudo, para a prestação fantástica do meu amigo João no vídeo abaixo... Portugal! Portugal! Portugal!

Governo (de) novo

As propostas anteriores pretendiam apenas aguçar o apetite para a audição de "Propaganda Sentimental", dos Governo (valter hugo mãe, Rafael do Vale, Miguel Pedro e Henrique Fernandes), cujo vídeo promocional - "Meio Bicho e Fogo" - recordo aqui.

Letras e sons invulgares. Fuga indispensável e saudável ao sempre monótono e repetitivo som mainstream FM.

Outra letra

Outra letra de valter hugo mãe, cantada pela voz, mais uma vez, de Paulo Praça: "À força da nossa voz".

Letra

Com letra de valter hugo mãe [ele não gosta das maiúsculas] e voz de Paulo Praça, "Diz a Verdade". Se não fosse um tema tão declaradamente dedicado ao amor, talvez pudesse ser aplicável e adaptável aos dias e políticos de hoje.

Governo - Já a correr

"está já disponível para download gratuito o primeiro ep do projecto governo (valter hugo mãe, antónio rafael e miguel pedro), intitulado «propaganda sentimental».
são cinco temas: propaganda setimental, alguém no futuro, meio bicho e fogo, o nome de ninguém e a inauguração do mundo. as músicas são de antónio rafael e miguel pedro, as letras são da minha autoria. a capa é feita com ilustrações de esgar acelerado e inclui ainda uma fotografia da banda da autoria de paulo pinto.
a optimus discos edita em duas possibilidades, correndo à página e descarregando gratuitamente os mp3 (é necessário fazer um registo prévio, coisa que é grátis), ou correndo à fnac para comprar a versão cd rigorosamente limitada (e numerada) a mil exemplares."

Som de sábado

"Legendary Tiger Man is a one-man band show following the tradition of the roots and original Blues from the Mississippi's delta, where the blues-men performed playing and singing alone, and improvising rythms in the dance halls of the deep South.
Legendary Tiger Man is Paulo Furtado (ex-Tédio-boys, Wraygunn ), the man behind the kick, the hi-hat, the kazzoo, and the guitar."

Procuram-se leitores

Dei início a uma demanda no ciberespaço. Olhei distraidamente para o contador e dei-me conta que muitas pessoas têm passado por aqui. Motivos? Bem, não faço conjecturas, embora me sinta orgulhoso de alguns leitores (amigos bem pagos?!) terem passado a referir-se às minhas escolhas musicais ou às minhas notas pessoais nas conversas ou comentários que comigo mantêm.

Assim, e depois da referida leitura do contador nesta página, decidi procurar leitores deste blogue que permitam ultrapassar as 5000 visitas até ao final do ano.

Sei bem que não será fácil, mas prometo que me vou esforçar para que os visitantes sejam recompensados com leituras ou visualizações interessantes e que os façam regressar uma e outra vez.

Talvez possa dispensar as óbvias referências a sexo ou futebol, mas ainda não sei bem... Afinal, são essas algumas das palavras mais procuradas e mais vistas na Net. Espero sinceramente não ter de recorrer a elas como artimanha para atrair quem quer que seja!

E Hawley com os Arctic Monkeys?

Pois, este é mesmo para terminar, "Bad Woman", para sábado e domingo!

Ainda Hawley

E esta, "Lady Solitude".

Fim-de-semana cinzento

Para um fim-de-semana cinzento, de chuva e melancolia, Richard Hawley, com "Open Up Your Door".

João Aguardela

No dia dedicado a João Aguardela, com actuações no CCB de Gaiteiros de Lisboa, Oquestrada, A Naifa e Dead Combo, a lembrança do tema "Aboio", com o projecto Megafone. Para recordar.

Ressuscitada Cavalo

A Cavalo de Ferro regressou à vida editorial com três novos títulos:

- A ILHA E OS DEMóNIOS, de Carmen Laforet;
- O MODELO, de Lars Saabye Christensen; e
- A VOLTA AO DIA EM 80 MUNDOS, de Julio Cortázar.

Que seja bem ressuscitada, até porque outras há que vão fenecendo...

Devendra a Peniche, já!

No final da festa do surf mundial, em Peniche, com mais ondinhas do que tubos ou supertubos, que tal esta música do Devendra Banhart, "Baby", só para curtir o momento?

Adepto maldoso

Estava o Jorge Jesus muito bem posto e descansado em sua casinha, quando, na entrevista publicitária após o jogo, lhe perguntaram se poderia passar sem massacrar os adversários que lhe vão calhando pela frente.

Ao que o ilustre "vintém" respondeu:

- Poder até podia, mas sem cólquer dúbeda não era a mesma coisa.

Vindo do outro lado do Atlântico, e preparado para se pôr a meio caminho das Américas, retorquiu o sacrossanto e irrepreensivelmente douto Machado, à pergunta se poderia passar sem debitar tão longas e judiciosas sentenças nas flash-interviews:

- Poder, até poderia. Contudo, e na perspectiva de quem se sente plenamente satisfeito com a exibição plena de faculdades próprias, perante a ignóbil incompetência da maioria dos indivíduos que se dignam colocar-me questões que consideram pertinentes nestes curtos momentos após os jogos, e sobretudo quando não há mais nada para afirmar ou redarguir sobre os resultados que, apesar de toda a minha sapiência, este clube continua a coleccionar, não seria segura e certamente a mesma coisa!

Kevin Widemond

Bye Kevin.
See you... Anywhere, and everywhere!

Scarlett

Aqui se expõe mais uma razão para apreciar, com a devida vénia pelas suas belíssimas e variadas qualidades (orais, vocais, labiais, faciais, corporais, eteceterais e outras que tais), a atraente Scarlett Johansson, no dueto com Pete Yorn, "Relator".

Malalai Joya

Nos dias de terror constante em que vivem, os afegãos têm, em pessoas como Malalai Joya, a esperança de um dia poderem voltar a ser uma nação por direito próprio.

Palavras duras, como as que esta activista dos direitos humanos mais básicos usa no seu país e no estrangeiro, continuam a ser necessárias para alertar as consciências para as violações mais infames cometidas sobre seres humanos inocentes em todo o Afeganistão.
Palavras como estas, "Quem quer falar a verdade, é ameaçado, assassinado, convidado a sair do país ou tem de fugir", ou ainda, "Obama devia pedir desculpa ao povo afegão".

"Três Vidas"

Assinala-se mais uma vitória de autores da Quidnovi no Prémio José Saramago. Desta feita foi João Tordo, com a obra "Três Vidas".

Sinal dos tempos esta aposta num jovem, dirão. Mas também, não poderão deixar de saber, sinal da enorme perspicácia e das qualidades olheirísticas (metáfora futebolística...) de Maria do Rosário Pedreira (editora da Quidnovi) para continuar a dar lugar a gente de talento, que tão bem escreve em Português.

Vale a pena ler a obra e valerá seguramente a pena seguir a carreira futura do João Tordo.

Parabéns.

Tempo

"Sem tempo para se coçar." Julgava eu impossível. Afinal não é. Pode mesmo ser verdade. Eu que o diga. Não tenho sequer tempo para ser quem sou. A maior parte do tempo vivo acelerado pelos ritmos impostos por outros.

Já não bastava isso de ter de viver outras vidas. De ter de ser invisível. Agora nem sequer posso viver a minha própria vida.
Tempo disponível. Que bem tão essencial e, contudo, tão fugidio. Para quê? Perguntam. Pois também eu me questiono.

Por vezes, ninguém se apercebe que o tempo assim ido nem sequer valeu a pena ser vivido.
Regurgitações de quem não tem tempo, é o que é.
Até um dia.

Obsessão

Sim, já sei que é uma obsessão. Mas é boa, ou não é? Digam lá se não vale a pena ver e ouvir esta banda.

"The Sweetest Thing", dos Camera Obscura.

Nada

Este curto alinhamento de algumas palavras apenas pretende cumprir o desígnio de não afirmar nada. De facto, há algum tempo que vinha a pensar que nem sempre teria que vos maçar com imagens ou ideias que fizessem algum sentido.

Hoje achei que, definitivamente, mereciam não ler nada de jeito aqui. Nem sequer devem pensar que o que aqui estão agora a ver valeria a pena ser lido se tivessem pensado melhor antes de o fazerem.

Pois é. Nada. Eis o que vale o que acabaram de ver. Nada.

Já agora, obrigado por continuarem a interessar-se em passar por aqui, nem que seja só de vez em quando.

BJH 2

Na sequência do anterior, a roupagem mais moderna dos Barclays James Harvest, e as inevitáveis consequências da passagem dos anos em "Mockingbird"...

Barclay James Harvest

Também eu os julgava desaparecidos na voragem da modernidade. Não fora o amigo de há 20 anos - grande Zé - e não me lembraria sequer de os recordar novamente. Mas, afinal, dia 9 de Outubro, já depois de amanhã, na Aula Magna, em Lisboa, em espectáculo esgotado, estarão os Barclay James Harvest. Para o Zé, e cara-metade, os desejos de um belo espectáculo, a reviver momentos como os que o inesquecível "Hymn" nos trazem à memória.

Ouvir

Para ouvir, de José Luís Peixoto, em A Casa, a Escuridão, o poema "Palavras para a minha mãe".

Ler

Para ler, em Gaveta de Papéis, de José Luís Peixoto, o poema "Não há motivo para te importunar a meio da noite".

I'll be there

Saudades imensas desses momentos inesquecíveis, no Rock in Rio, proporcionados por um Lenny Kravitz imparável, com temas como este fantástico "I'll be waiting".

Vencedores absolutos!

E não é que todos ganharam?! Pois é. Ontem foi dia de vencedores, em todos os quadrantes. Quem diria?

Uns ganharam, porque ganharam.

Outros ganharam, porque os uns não ganharam tudo.

Outros ainda ganharam, porque ganharam muito mais gente.

Uns outros ganharam, porque impediram os uns e os outros de ganhar.

E uns ainda outros também ganharam, porque nunca deixam de ganhar.

Fantástico. E nós, meu povo, quando ganharemos?

Políticas

Especialmente para os grandes apreciadores da coisa política esta noite vai ser em grande. Ou, como dizem os Black Eyed Peas, "Tonight's gonna be a good night".

Porque A ganhou, porque B não ganhou. Porque C perdeu, porque D não perdeu. Porque a margem de manobra de X é nula. Porque Y pode fazer o que quiser. Porque as coligações...
Bem, imaginem todos os cenários e comentem, comentem, comentem, e continuem a comentar, acompanhando os senhores comentadores que, entretanto, os senhores políticos tomam decisões importantes para os discursos de não derrota ou de vitória que vão apresentar.
Depois disso, farão como de costume e esquecerão as promessas, curtas ou longas, que nos fizeram e dedicar-se-ão a fazer aquilo que melhor sabem: garantir lugares uns para os outros durante os próximos quatro anos.
Ah, já agora, daqui a pouco (ainda esta semana que agora começa!) começará a ser preparada uma nova grande noite eleitoral, com as autárquicas. Convém, portanto, estarem preparados para as grandes novidades da parafernália televisiva dessa ocasião e para mais uma longa sessão de sábios comentários e análises. Guardem energias!

Arrefecimento

Sempre que o tempo começa a arrefecer, logo se nota a quebra das boas disposições. Durante uns dias, tomamos consciência que teremos menos luz, mais sombras e horas mais longas. Está em sintonia com a minha actual tristeza de vida.

Hard mental times

De Ólafur Arnalds, para um estado de espírito difícil, "Ljósid"...

Yes, Weekend!!

Finally.

Inside my head!

LCD Soundsystem - "Daft Punk Is Playing At My House", or rather "Inside My Head"!

Tempo nublado

As nuvens vieram, ao que parece para ficar permanentemente sobre a minha cabeça. Faz-me lembrar aquela personagem dos desenhos animados que tinha sempre uma pequena nuvem mal disposta por cima de si.

Como desanuviar deste mau tempo?

O que fazer para voltar aos dias de Sol de Verão?

Como recuperar a boa disposição estival?

Dizem-me que é circunstancial este desinteresse generalizado pelas Belles Letres, mas já não sei o que pensar. Dei sempre o melhor que sabia. E agora?

Telemóveis

É que nem de propósito...

Todos os dias vemos asneiras feitas por quem, com alguma falta de respeito pelos restantes utentes das estradas portuguesas, se preocupa mais com o telemóvel do que com o volante.

Todos os dias deparamo-nos nessas mesmas estradas com situações em que as distracções poderiam transtornar o dia, mudando a vida de pernas para o ar.
Todos os dias pensamos que assim não pode ser e que alguém deveria estar ciente do que faz para evitar tais momentos de erro.

Contudo, nunca o tinha visto e ouvido de uma forma tão dura e tão crua como a que é apresentada pelos autores do vídeo mais abaixo.

Antes de todo o resto, é de ler o que o i escreveu sobre o assunto e, se forem demasiado sensíveis a imagens e sensações fortes, previnam-se desde já.

Irrelevante para a minha Rua

Nos últimos e mais recentes tempos, não tenho tido disposição - nem inspiração! - para grandes escritos. Os finais de tarde prolongam-se em momentos animados de irreverência e deambulações várias. Os momentos de trabalho intenso sobrepõem-se aos arroubos do espírito.

E a sede reclama conta-gotas apaziguadores. Vêm-me então à lembrança os acordes dos Oquestrada e os ambientes de "Tasca Beat", como aqui, com o popular "Se Esta Rua Fosse Minha". Graças à alegria contagiante e arrebatadora de Miranda não apetece nada ficar parado.

Mas cá por mim, vale mais continuar assim, sem escritos irrelevantes!

"Enifininauei"

Foi este o grandioso fecho de temporada de "Os Contemporâneos".
Espero que voltem depressa com a mesma capacidade e disposição para nos fazer rir do que somos. E acho que somos - todos - mesmo muit'a bons.

Ouçam!

A historieta de intróito do Letterman é mesmo patética, assim como as suas piadas finais. Mas os "Bat For Lashes", que lançam o maravilhoso Two Suns a 7 de Setembro, merecem bem ser ouvidos. Senão, prestem atenção à voz radiosa, que alegra até os dias mais sombrios de regresso ao trabalho, neste belíssimo tema, "Daniel".

Sócratinho

Ontem à noite pude observar - com algumas saudáveis intermitências - Sua Exa., o Sr. Engº, perante a Judite de Sousa, na Grande Entrevista à RTP1. Reparei na sua nova condição calmante e acalmada - deve estar fortemente medicado, com certeza. De tal maneira que manteve sempre uma atitude muito serena e contemporizadora. Afinal de contas, é uma grande chatice ter de aturar essa gente que diz mal dele e que defende ideias diferentes.

Mas, e sobretudo, reparei num pequeno grande pormenor. O Sr. Engº usou apenas o primeiro pronome do plural ("nós") quando se referiu às "eventuais incorrecções" cometidas durante este mandato de quatro anos. Quando falou, por exemplo, da "eventual" hostilização dos professores. O plural serviu então para englobar outros que com ele colaboraram e, implicitamente, parecia significar que esses outros é que terão sido os principais responsáveis por tais medidas e pelas "eventuais incorrecções" cometidas.

Já quando o Sr. Engº falou sobre o presente e o futuro, que já está planeado e plasmado no novo programa eleitoral do PS, usou sempre o primeiro pronome do singular ("Eu"). Ou seja, o "Eu" serviu-lhe para demonstrar as suas superiores capacidades e para exibir as marcas da diferença que, seguramente, deverão mostrar ao povo português que ele é o único capaz de nos salvar da terrível situação em que "a crise" nos colocou. Assim, ele assume uma atitude de Messias omnisciente e salvador, capaz de quase tudo prever (apenas não quer antecipar cenários de "eventuais coligações") e de para quase tudo ter uma solução.

É, sem dúvida, um caso psiquiátrico, cuja análise deverá preocupar os seus camaradas de partido, actuais e passados. Será que nenhum deles participou na elaboração do programa e não propôs nenhuma das medidas que ele, ontem, afirmava como sendo exclusivamente dele próprio?! Creio que o Dr. Mário Soares deverá ter-se sentido extremamente desconfortável no sofá ao notar tal atitude e ao reparar que o camarada Engº renegava os restantes socialistas.

Ah, Malheiro!

A propósito da apresentação do SLB 2009/2010, parece que dois comentadores se esqueceram dos microfones ligados. E aí, malharam no Malheiro e nos restantes. Até nas chefias da SIC. Para ouvir, com uma bolinha no canto direito do ecrã.

Esperar o mais inesperado

Uma das coisas que mais gozo me dá quando vejo cinema é ser surpreendido pela história que é contada no ecrã. Foi precisamente isso que se passou ao ver Inglorious Basterds. Fiquei arrebatado pelo inesperado de cada momento e acho mesmo que é um dos mais brilhantes filmes dos últimos tempos. De tal maneira que o filme, o Quentin Tarantino e o Cristoph Waltz deveriam ser surpreendidos com um Óscar cada um, e já, para não se perder tempo em discussões estéreis!

Mulheres famosas

Philip Scott Johnson criou este "500 Years of Female Portraits in Western Art", com música de Bach, e que foi nomeado para Vídeo Mais Criativo, em 2007, nos prémios do YouTube. Para apreciar pela sua qualidade e pela extraordinária beleza das mulheres retratadas.

Vá lá, afinal, de todas as mulheres.

À chegada

No rio verde e largo pululam insectos atormentados pelos ainda 30º C do princípio de noite. Na parada de bigodes, vestidos e incaracterísticas toilettes amachucadas nota-se o cansaço de um dia quente e sem margem para respirar.

Parte quem fica, nos reflexos dos vidros escurecidos. Seguem-se as imagens de uma viagem para a estação seguinte. Renovam-se aglomerados sem marcas distintivas. Ventos sem norte. Fugas da morte.

Quem és?

A propósito de uma bela e fresquinha cerveja, de uns tremoços divinais e da minha companhia fantástica, dei comigo a fazer a mesma pergunta que os Azeitonas, "Quem és tu, miúda?".

E achei piada ao facto de, tantos anos passados, ela continuar a surpreender-me, pela positiva.

I feel OK!

Que bom que é sentirmo-nos bem!

O meu mundo

Depois de ter lido e sentido na pele durante 3 semanas o efeito benéfico (e contrário ao de Isabel Coutinho com o seu "O Meu Mundo Encolheu"), só posso dizer que estou de volta ao meu mundo e que bom que ele é, revigorado e pleno de coisas boas: família e amigos, noites longas, confraternizações sem igual e energias plenas para um novo ano.

Quem disse que o ano começa em Janeiro? Já alguém se lembrou que é depois das férias grandes que verdadeiramente retemperados enfrentamos de novo onze meses de canseiras e atribulações. Pois é.

Cá por mim, valeu a pena o esforço do computador desligado e sem notícias que não as da Silly Season nos media habituais. E também um telemóvel que só foi usado para marcar restaurantes e idas à praia. As férias acabaram. Um forte viva às férias!

Banhos e mais

Em tempo de banhos, sol e águas cálidas, a disponibilidade para escritas tem sido curta. Já hoje, de madrugada, a BandaLusa comemorou em grande estilo um aniversário que se quer memorável. Melhor início era quase impossível. Que bom ter família e amigos em volta. Vamos lá a ver como será a continuação deste dia...

Camiño Vasco

Depois das muitas aventuras por terras de Espanha, em direcção a Santiago de Compostela, os peregrinos fizeram o filme do caminho percorrido. Miguel e Brandão viveram grandes momentos, viram paisagens inesquecíveis, receberam abraços à chegada e um diploma merecido. O que eles não sabem é que deixaram uma marca inolvidável no licoreiro que os trouxe de volta a Portugal.

Em dia de aniversário, que melhor prenda do que deixar aqui as imagens que serão recordadas para sempre.

Rosinha

Não resisti à tentação. Creio piamente que vai ser o maior sucesso deste Verão.
A Rosinha, com "Eu Levo no Pacote".

"Inferno"

"Inferno é um lugar onde se descansa por fim a tristeza e se cansa o corpo dançante pelo puro prazer de o fazer.
Um espaço de libertação e tranquilidade incontida que predispõe ao arrebatamento.
Contradizendo o título, aqui o pecado não é punido. A maldade não é punida. A fraqueza também não.
Inferno é um caminho interior e iniciático, polvilhado de tristezas, ironias e reconciliações.
A ideia de musical, como em Paraíso , continua presente mas com um olhar ainda mais distante.
Várias são as formas de expressão. As vozes unem-se em hino ou em canções de amores solitárias. Os anjos transformam-se em bobos que dançam e falam sobre alguns de nós.
Tudo o resto é para ser descoberto a cada passo, em cada palavra, em cada som..."

As palavras são da Companhia Olga Roriz, que amanhã, 31 de Julho, pelas 22 horas, apresentará "Inferno", no Centro de Arte de Ovar. Para amostra, observem "O Paraíso".

Siga

Campos de arroz, eucaliptais, pinhais e sombras de luz, e sombra. Marcas da humana presença na paisagem. Depósitos de água e igrejas. Aglomerados populacionais sem mais virtudes do que albergarem irrelevantes pessoas. Marcas de um presente essencial ao quotidiano, que não deixa de passar e ser.

Artefactos mexicanos no presente do ecrã. Erva seca no passado de uma terra agora fértil. Esqueletos de construções inacabadas, com ervas que se acumulam e daninham. O centro do conhecimento aproxima-se a uma velocidade já estonteante. Vidas que se mexem e procuram recuperar a normalidade perdida ao longo de uma semana.

A sério?!?

Ora vejam lá se não dá vontade de fazer o mesmo...

O Bom, o Mau e o Vilão

De um épico, uma música que sempre me fez sonhar...
Numa interpretação admirável!

Licoreiro

Dias longos, estes últimos! Dias de afastamento de paragens mais conhecidas e de aventura controlada. Dias de amizade e confraternização, mas também de (re)conhecimento e recordação.

Santiago continua inalterável, apesar das mais lojas, restaurantes e cafés, numa transformação inevitável. Mas curiosamente sem grandes cedências a modernices desvirtuadoras do espírito da terra!

Gentes, muitas. A proximidade dos dias do santo a isso obrigavam. Entre os inúmeros peregrinos é de notar que se mantém intocado o mesmo espírito fraterno e de partilha de há muitos anos. Sempre interligados a um espaço único e central, todos os visitantes sentem o dever cumprido. Seguramente porque houve um esforço de conquista e a penitência das dificuldades sentidas, quantas vezes na pele!

Os peregrinos vareiros estavam (e estão) em muito boa forma. E de eventual aguadeiro passei a licoreiro... numa noite memorável, apesar da chuva persistente e incómoda! Não houve abraços distribuídos, porque o santo da meteorologia não quis ajudar. Mas as imagens captadas certamente provarão o sabor doce dos momentos engraçados, das intensas discussões e do carácter inolvidável de tais ocasiões.

Aos meus amigos, Brandão e Miguel, aquele ABRAÇO!!

Chegada

Amanhã, dia 21, na chegada dos peregrinos a Santiago, lá estará o transporte para os trazer de volta!

Só espero que não o transformem em aguadeiro!

Movimento de viagem

Seguem-se os alinhamentos de casas, como peças de dominó a derrubar com um só movimento. Peças minúsculas na mesa desbotada da paisagem. Cruzam-se imagens de altares de talha dourada e santos de madeira, reverentes e sempre iguais. Impressões visuais e auditivas de um movimento de viagem no regresso ao quotidiano mais familiar. Quem separa campos colherá tempestades?

Pedro Cazanova com Selfish Love...

Foleiro?! Talvez, mas diverte e ouve-se por aí, especialmente na praia!

Regresso saudado

Saudações pelo regresso de A Origem das Espécies, do Francisco José Viegas!

Peregrinos em viagem

Depois de mais duas etapas, ao que parece com algumas peripécias, os dois peregrinos chegaram ontem a Burgos, já no Caminho Francês de Santiago. Nas imagens acima pode ver-se a entrada, o interior, a saída e o caminho após o excelso túnel de San Adrian, por onde passaram...

Este túnel é um ponto de passagem marcante na rota basca do Caminho de Santiago e consiste numa caverna natural, localizada a mais de mil metros de altitude. A caverna foi sendo cavada na rocha, ao longo dos séculos, pela erosão das águas e tem aberturas viradas a norte e a sul. À direita, no interior da caverna, localiza-se um pequeno eremitério, o Sancti Spiritus, que se julga ter pertencido aos Templários.

Estou certo que não devem ter faltado abraços entre peregrinos e também às pedras!

Jesusalém

Ainda que não soubessem, e agora fiquem a saber, o Mia Couto é dos meus autores favoritos, de sempre. Não poderia, portanto, deixar passar a oportunidade de divulgar o lançamento, que está em curso, do seu novíssimo Jesusalém.
Terão é de prestar atenção ao momento de lançamento, com sessão de autógrafos, que aconteça mais perto de vós.

No momento

Sons de calma e fuga
Para a vida boa de quem não a busca.
Cegonhas que esvoaçam sobre arrozais bem arrumados,
Tabuleiros de xadrez compridos e alagados.
Cercas e mais cercas.
Um povo que se rodeia de cercas,
Para marcar territórios inconsequentes!

"Mad World", ainda dos Tears for Fears.

Vive o momento!

Vivo o momento, sem marcação, à velocidade máxima.
Como se sentir tudo fosse superior à luz do pensamento.
O M do patrocinador olímpico tapa-me a visão do horizonte
Próximo.
Renques castanhos de acácias em contra-luz.
Campos imensos separados por cercas irrisórias.
O amanhã teve sempre de ser separado hoje!

Tears for Fears em "Everybody Wants to Rule the World"

3 em 1 - "à La Twitter"

Do Miguel e Brandão: Às 7:15, início de nova aventura, a partir de Irun. Chegada a Santiago a 21. Grande abraço!

Da Carolina: Recital bonito... Tem jeito a rapariga!

Dos Deolinda: Belas histórias, bem cantadas.

Para todos: Fado Toninho.

Impressões...

Já vos disse que os Mundo Cão foram uma bela surpresa ao vivo? Letras fantásticas e um som de arrasar, ainda que pense que ganhavam imenso em deixar ouvir mais e melhor a excelente voz do Pedro Laginha...

E que as Três Marias valem mesmo a pena ser ouvidas e dançadas?

Quanto à Kaki King... pois, pois! As palavras são pouco para as sensações contraditórias que desperta. O virtuosismo das suas mãos nas guitarras é extraordinário e o som é fabuloso. Só é pena - do mesmo modo que também acontece com o "grande" Van Morrisson ao vivo - que a sua empatia com o público, a partir do palco, seja tão diminuta. Vá lá que compensa no pós-espectáculo!

Tempo de correr

Tempo de correr em contraciclo de novo. O Sol vai-se nas encostas a poente. Trabalhos de homens e máquinas móveis na paisagem. Pequenas saídas amarelas de água, parecem membros de velhos incontinentes, protuberantes na textura do cimento enrugado.

Ruínas de casas gastas, num tempo despido de virtudes, em que as vidas se faziam fora das quatro paredes.

Sol nos olhos. Verde rouxinol. As vozes rodopiam em redor, sem nada para me dizer. Não voam atrás de mim. Afasto-as.

O tempo já passou.

LeRoi

Um tributo inesquecível e incomparável da Dave Matthews Band a LeRoi Moore, agora que estão de regresso a Portugal, no Optimus Alive! 09.

Sinais

Dos sinais sonoros,
As sirenes são prenúncios de fim
Próximo de alguém que se dedicou
A cometer a extinção da própria vida.

Sinal vermelho de promessa incumprida!

Fátima era o sinal de Maria.
Numa paragem de tempo escuro,
Dentro de um túnel longo,
Com luz demasiado ao fundo!

Kaki King em Ovar

É já quinta-feira, dia 9 de Julho, no Centro de Arte de Ovar, pelas 22:00, a voz suave de Kaki King e a sua inconfundível maestria instrumental, com a bela "Pull Me Out Alive", entre muitas outras músicas...

Em viagem

Troncos queimados, sem remissão.
Mortos!
"Em rodagem" no ecrã e nos carris.
Sons pausam a viagem, num vermelho activo,
No meio do nada, feito de árvores
Raquíticas, ervas daninhas e cascalho.

Morte à espreita.
Corpos perdidos e desfeitos
Na linha do nada.
Avarias da vida interrompida.
Sinais de interrupção
De um final antecipado.

Cá estão eles, de novo!

Ver os Camera Obscura mais pertinho de nós, só em Espanha:
A 5 de Novembro, em Saragoça, na Casa Del Loco
A 6 de Novembro, em Salamanca, no Multiusos Sanchez Paraiso
A 7 de Novembro, em Valladolid, no FairSun
A 8 de Novembro, em Madrid, no Heineken
A 9 de Novembro, em Barcelona, no Apolo

Para recordar este som límpido e vibrante, num belo e recente registo ao vivo, "French Navy"...

Parabéns a...

- Isabel d’Ávila Winter por ter recebido o prémio de maior talento literário português na diáspora no ano de 2008, entre três finalistas oriundos de outros tantos continentes que concorriam a esta categoria, na Gala promovida pela Secretaria de Estado das Comunidades para a atribuição dos Prémios Talento, que a consagrou – e ao seu romance Dona Stella e as Suas Rivais.

- Rui Paula, por Uma Cozinha no Douro, com texto de Celeste Pereira e fotografias de Nelson Garrido, pois acaba de vencer o maior prémio mundial de livros de cozinha, o Gourmand World Cookbook Awards, ontem atribuído em cerimónia realizada em Paris. Uma Cozinha no Douro foi não só considerado o Melhor Primeiro Livro de Cozinha do Mundo, entre 17 finalistas de vários países nessa categoria, como Nelson Garrido, autor das magníficas fotografias, conquistou o terceiro lugar na categoria de Fotografia, entre 33 finalistas de todo o mundo!

- Quidnovi, pois são autores nesta editora nortenha... Que venham mais!

Manuuuuu...

Será apenas má educação, ou uma tentativa de ajudar o Ministro da Agricultura a salvar essa área, indicando o caminho a seguir?
... A criação de gado!

Ai estes ouvidos...

Ouvi... e não resisti!

The Maccabees, "Can You Give It"

Nevoeiro matinal

Partindo do Tango, como mistura de vários ritmos e diferentes tendências, as Três Marias, do Porto, cantam em espanhol, em português ou até mesmo noutros idiomas. O grupo de Cristina Bacelar (guitarra e voz), Fátima Santos (acordeão), Sara Barbosa (contrabaixo) e Zagalo (Percussão) revela as influências de recursos clássicos do tango misturados com o flamenco, boleros e outros imaginários musicais.

Depois de amanhã, 4 de Julho, no Centro de Arte de Ovar.

Visão momentânea

Óculos rectangulares, bem enquadrados no rosto angular. Sapatos e mala vermelhos. Blusa branca e saia azul-marinho, bem justa nas ancas. Pernas muito juntinhas e sorriso sempre pronto. Distribuído em redor, nos lábios carnudos, como prenda divertida.
Uma pose constante.
Cabelos alinhados num corte lateral perfeito. Segundo botão da blusa entreaberto, criando a expectativa dos sorrateiros olhares masculinos.
Esgares ligeiros, de concordância, sobre os assuntos discutidos. Acenos constantes de cabeça, reconhecedores implícitos dos temas tratados e da perícia dos oradores.
Uma autêntica Jamie Lee Curtis, no seu papel de coadjuvante do crime, amante derretida por palavras pronunciadas numa língua estrangeira e finalmente fugitiva com o extraordinário e inimitável advogado (John Cleese) em Peixe Chamado Wanda... Lembram-se?

Acreditariam se vos dissesse que esteve hoje, esta manhã, bem à minha frente?
Pois acreditem, ou então, se não era ela, que as há sósias, há...

Em viagem

Os sons entremisturam-se. São súbitos e repentinos arrepios de voz que trazem lembranças de estranhas combinações. Arames que separam distâncias e limites.

Casas rústicas. Impressões do campo, esbatidas pela onda de calor que grassa no exterior.

Em redor, os computadores são usados sem critério, à solta nas suas teclas gastas. Ligações e sítios sem passado, vivem no presente e prometem o futuro.

Mundo Cão, em Ovar, dia 3 de Julho, no Centro de Arte.

Partida

Deslizando a mais de cem quilómetros por hora, parte das nuvens e percorre campos indistintos. Árvores à velocidade de uma janela, esquecidas logo após uma curva. Pedras redondas e brancas, encobertas por ervas daninhas. Vinhas que se escondem entre as árvores. Arbustos que se sobrepõem à relva. Corpos deslizantes de formas elegantes. Marés de ondas desfeitas que vazaram neste cometa imparável.

Ondulações de música indiana no ar... Reverberações de civilizações antigas!

Kajra Re

Noitada de S. João

A noitada não foi longa, mas valeu bem a pena. Depois do regresso (após um ano de interregno) à sardinhada com o fogareiro diligentemente aceso e ao fogoso verde de Felgueiras, a conversa seguiu animada e dispersa, como convém.

Os múltiplos olhares e assuntos cruzados são sempre sinónimo de alegria e diversão. Nunca como aqui se nota que uma família é feita de tantas vontades e atenções, algumas mais entranhadas do que outras.

No seguimento, em busca da festa popular e dos encontrões, passou-se pela "Música na Casa" (da Música) e felizmente ainda por lá estavam os GNR, com um Rui Reininho atinado, como não é costume!

Momentos embriagantes de pop pura, com cantares sentidos e animação a rodos. Muitos e muitos martelinhos (e martelões) no ar pontuavam o que seriam as palmas finais para cada música. Mas os martelos entoavam também assobios e ruidosas batidas a compasso nos coros da multidão, que repetia entusiasmada os inúmeros sucessos bem conhecidos destes homens do Norte, como a "Tirana" que aqui fica.

Os odores da bela noite, sem orvalhadas mais incómodas, espalhavam-se por toda a cidade e os balões lá iam subindo nos ares, esvaziando-se de sentido no escuro, enquanto subiam alto e desapareciam.

Que bonito foi o S. João.

Espectáculos no Centro de Arte de Ovar

Nos próximos dias, dois espectáculos a não perder no Centro de Arte de Ovar:

- No dia 26 de Junho, no âmbito do Festim, Le Vent du Nord, do Quebeque, Canadá;

- E, no dia 28 de Junho, o grande Manel Cruz, com o novíssimo projecto Foge, Foge Bandido, apresenta "Dá-me Tesão / Não Fui Eu que Estraguei".

Prémio Lemniscata!

É com imenso orgulho que anuncio ter ganho novo prémio no Euromilhões!
Desta vez, foi a vertiginosa, desafiante ou caprichosa Teresa Sá-Couto, do blogue ComLivros-Teresa, que atribuiu a este meu espacinho, BabeldoJorge, o Prémio Lemniscata.

O selo deste prémio foi criado a pensar nos blogues que demonstram talento, seja nas artes, nas letras, nas ciências, na poesia ou em qualquer outra área e que, com isso, enriquecem a blogosfera e a vida dos seus leitores.

Lemniscata: curva geométrica com a forma semelhante à de um 8; lugar geométrico dos pontos tais que o produto das distâncias a dois pontos fixos é constante.

Lemniscato: ornado de fitas; do grego lemniskos, do latim, lemniscu; fita que pendia das coroas de louro destinadas aos vencedores. (in Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora)

É de salientar que o símbolo do infinito é um 8 deitado, muito semelhante a esta fita, sem interior ou exterior, tal como o anel de Möbius, que pode percorrer-se infinitamente.

De acordo com as regras, aqui vão os meus digníssimos escolhidos para receberem o Prémio Lemniscata:

Margarida, com Noivado do Sepulcro

Nocturna, com Perdida na Noite

Teresa, com ComLivros-Teresa

Joana, com Dobra dos Olhos

Jorge, com Signa / / Verba

Jorge, com Rua da Castela

Pedro, com Irmão Lúcia

O Euromilhões já cá canta!

Acreditei que tinha ganho o Euromilhões das televisões. De tal modo acreditei que fui logo conferir o boletim que tinha preenchido.
A realidade afinal não me enganou e o meu breve delírio foi prontamente desmistificado. Zero dinheiros!
Uns números aleatoriamente dispersos e escolhidos no rectângulo de papel demonstravam assim que não será o jogo a fazer a minha felicidade terrena.
Mas, repentinamente, proveniente do espaço sideral, surgiu na minha caixa de correio das mensagens electrónicas uma que equivalia ao prémio de uma vida inteira. Nessa mensagem a Ângela assinalava a indelével marca positiva que eu teria deixado na sua vida enquanto minha aluna há alguns anos. Nessa mensagem eu era um dos felizes contemplados com o mais valioso prémio de todos os Euromilhões.

Aqui fica o vídeo (já agora, extremamente premonitório da minha situação futura) que a Ângela me enviou, e a sua frase final: "(Não é graxa... a minha avaliação e classificação final foram já atribuídas há uns anos largos e as reclamações já prescreveram!!!!)".

Um sincero e sentido obrigado, Ângela.

Mayra Andrade - Tunuca

Um som gitano, mestiçado de fado e soul, na voz crioula de Mayra Andrade é envolvente e arrebatador... como ela!

Hermeto Pascoal no Festim

Hermeto Pascoal regressa a Portugal para três concertos no Festim - festival intermunicipal de músicas do mundo - onde é uma das principais cabeças de cartaz. Em duo, pela primeira vez no nosso país, com Aline Morena, estará amanhã em Ovar, pelas 22:00, no Centro de Arte.
Aqui fica o som de ambos...

Burguesinha

"Burguesinha", porquê?

Sei lá, apeteceu-me...

Se calhar é por ser Seu Jorge!

Vai no cabeleireiro
No esteticista
Malha o dia inteiro
Pinta de artista

Saca dinheiro
Vai de motorista
Com seu carro esporte
Vai zoar na pista

Final de semana
Na casa de praia
Só gastando grana
Na maior gandaia

Vai pra balada
Dança bate estaca
Com a sua tribo
Até de madrugada

Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Só no filé
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Tem o que quer
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Do croissant
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha, burguesinha
Burguesinha
Suquinho de maçã

valter hugo mãe no governo!!

«meio bicho e fogo» é o primeiro tema do projecto musical governo, numa composição de Miguel Pedro (fundador dos Mão Morta e Mundo Cão) e letra de valter hugo mãe.
Os governo são António Rafael (também dos Mão Morta) nas teclas, Henrique Fernandes no contrabaixo, Miguel Pedro na percussão e valter hugo mãe na voz. A animação do vídeo abaixo é da autoria de Esgar Acelerado, com desenhos de Sara Macedo e do próprio Esgar.
«meio bicho e fogo» é o tema com que os governo participam na compilação «Novos Talentos FNAC 2009». Para comprar e divulgar...

Insistência

Insiste, insiste, insiste... Camera Obscura, com "My Maudlin Career".



You kissed me on the forehead
Now this kiss is giving me a concussion
We were love at first sight
Now it's crush
It's crushing
Now choose two stops through the city though
I'm lost easily
I took to the desert but my heart just whines
and deceive me

Now we're in love again
And you're wherevers
I'm not a child I know
We're not going steady

You're pain's gigantic
but it's not as big as your ego
Promise not to abandon you,
please let me go

Now I've been hurting your feelings
Yeah they were worth protecting
They say I'm too kind and sentimental
Like you could catch affection

Oh in your eyes there's a sadness
Enough to kill the both of us
Are those eyes overrated?
They make me want to give up on love

I'll brace myself for the holiness
Say hello to feelings that I detest

This maudlin career has come to an end
I don't want to be sad again
This maudlin career has come to an end
I don't want to be sad again

This maudlin career has come to an end
I don't want to be sad again
This maudlin career has come to an end
I don't want to be sad again

Agenda

Curiosamente, a agenda da revista Pública, deste fim-de-semana, trazia duas referências musicais a temas que já passaram neste blogue:

Camera Obscura e Playing for Change

Será antevisão ou simples bom gosto?

"Take a Walk"

Por vezes, a sensação de que tudo o que nos rodeia é superior às nossas forças sobrepõe-se e impõe-se. Passa tudo para segundo plano. O momento é irrecuperável e escapam-se das nossas mãos os grampos que nos prendiam ao penhasco. A queda é inevitável e faz ressurgir o apelo incantatório de Lou Reed, Take a Walk on the Wild Side.

Imaginação!

O colectivo criativo The Glue Society imaginou como seria a Terra se o Google Earth existisse na época em que decorreram as histórias escritas na Bíblia. A imagem fictícia abaixo retrata o momento em que Moisés terá separado as águas do mar Vermelho de modo a permitir a fuga do povo hebreu do Egipto para a Palestina.
Será que aceitam ideias para o momento da criação de algumas cenas da nossa história de Portugal? Seria bem interessante observar as aproximações de D. Afonso Henriques às cidades que conquistou. Ou, melhor ainda, ver a distribuição populacional antes da preparação para a construção do futuro aeroporto - o "deserto" do Mário Lino - ou a topografia do trajecto do futuro TGV!

Ressaca pós-eleitoral

Nada melhor para curar a ressaca das ridículas vitórias que os diversos partidos se vangloriaram de ter obtido em Portugal, nas Eleições Europeias de ontem, 7 de Junho, do que ponderarem seriamente nos motivos que terão levado tantas pessoas a não votarem (63,14%), a votarem em branco (4,63%), ou nulo (2,00%).

Porque se pensarem seriamente que, no total, 69,77% dos portugueses pura e simplesmente não se mostraram interessados em votar nestes políticos ou, ao fazê-lo, demonstraram insatisfação com as propostas que lhes tinham sido apresentadas, talvez esses senhores pudessem rever prioridades e modificar aquilo que dizem andar a fazer pelo povo... que todos juram a pés juntos representar!

Recordo, bem a propósito, o apelo de "E o povo, Pá?".

Abúlico, melancólico e bucólico

Fim-de-semana abúlico, melancólico e bucólico.

A Ovarense acabou derrotada, sem grande honra e com pouca glória, pelo campeão que se adivinhava desde o início.

As Festas da Flor e do Doce têm sido prejudicadas pelos arreliadores chuva e vento.

A Feira do Livro no Porto também.

O Centro de Arte de Ovar lá terá arrancado com a programação prevista.

Música a condizer com tudo isto... Land of Anaka, de Geoffrey Oryema!

Motivação

Quando a táctica é conhecida e os jogadores sabem de cor os movimentos do adversário, o que poderá fazer a diferença? Ao que parece, os jogadores do Barcelona dedicaram sete minutos antes do jogo a observar o vídeo abaixo. Recordaram movimentações, relembraram aproximações e, sobretudo, ganharam um ânimo especial. A mensagem subliminar, a música e a grandiosidade do que os poderia esperar estavam ali. O talento já eles tinham de sobra. Só faltava que o empenho extra resultante da motivação viesse ao de cima.

E foi isso mesmo que aconteceu!

Centro de Arte de Ovar

É já hoje a pré-inauguração do Centro de Arte de Ovar, com os Toques do Caramulo. Fica aqui uma pequena amostra da banda.