Espero francamente que este post não seja o prenúncio de um ponto final.
A mais do que saudável insanidade dos comentários e observações perspicazes que se lêem em "Teatro Anatómico" é a única garantia de que a realidade merece ser vista com olhos de ver. Até porque as perspectivas cada vez mais unânimes e cinzentas que nos circundam não valem um chavelho quando comparadas com o olhar límpido do Manuel Jorge Marmelo.
De regresso às lides laborais, e outras, ficaram mil e uma imagens felizes, de momentos especiais e inesquecíveis. Um Verão de águas cálidas como não me lembrava mais de viver, e viagens fantásticas, repletas de emoções e alegrias incontidas. Viva o Verão que ainda estará longe de terminar no calendário. Viva os dias felizes e as noites calientes. Quero viver mais assim!
Em tempos pré-férias, há sempre um acréscimo extra de actividades que nunca consegui controlar. Parece que todos se lembram de trabalhar mais só antes de deixarem de o fazer. E, depois, andamos todos a reboque de trabalhos e projectos de última hora, que ninguém verifica com a exactidão adequada e que se transformam em ansiedades desvairadas porque têm um prazo-limite demasiado apertado. Será que faz parte do nosso "ser português", ou é mesmo, apenas e só, falta de programação?
A brisa da manhã fez passar a notícia. Há um Caralinda que sorri muito, por ter a seu lado, outra vez ao fim de tanto tempo, uma Isaurinha bonita como só ela foi.
A felicidade também é... saber esperar pelo amor de uma vida.
Veneza é o reino italiano do sal e das pérolas, do prosecco e das sereias, da bigola e da polenta. Tessa Kiros passeia por Veneza, deixa-se absorver pela atmosfera da cidade e permite que o passado glorioso e as ruelas escuras de Veneza alimentem a sua imaginação. Por entre receitas e fotografias extraordinariamente belas, podemos ler as notas do diário de Tessa sobre a vida e os petiscos de Veneza, numa viagem em que os sonhos da autora nos transportam até essas paragens magníficas e nos deliciam com sabores extraordinários.
Pois é, estou de volta. Já tenho novamente computador a postos. Já não tenho (muito) pó em casa. E, sobretudo, já não tenho à vista trolhas, pintores, envernizadores e outros dentro de casa...
Ah, e esta semana estou (quase) de férias. Afinal, a vida pode ser bela.
Quanto aos espanhóis, pois sim senhor, lá mereceram a taça. O Queiroz até já pode dizer que só perdeu com os campeões do mundo.
Por outro lado, talvez alguém pudesse agora pedir-lhe para ele contribuir para a dívida pública de maneira a que cada um de nós pagasse menos impostos, entregando os 700 mil euros que irá receber pela percentagem (10%) que lhe cabe(!) por Portugal chegar à grande meta dos oitavos de final.
Desaparecido? Eu... ?!
Só quem nunca teve a casa literalmente em pantanas, se viu obrigado a acampar num dos quartos, rodeado por mobílias desmontadas (e muito pesadas), pó (imenso), tintas, vernizes e lixo (muito lixo), é que não sabe o que é isso de estar preso no meio de obras intermináveis.
Desaparecido? Eu diria antes submerso, soterrado e enclausurado. Assim que conseguir sair, volto a avisar.
Que desilusão o concerto dos "Trabalhadores do Comércio".
Mais valia ficarem-se pelo antigo registo (abaixo) do que esta "nova" canção de intervenção em que parecem ter querido entrar...
Foi uma decepção o joguinho de Portugal contra a Costa do Marfim. Além disso, lá vieram as habituais e estafadas desculpas, que nos fizeram recuar a um passado que se julgava esquecido:
"A Costa do Marfim só defendeu" (Ronaldo) - E nós, não? Vejam as estatísticas de remates e revejam, sem cortes à la RTP, os últimos minutos, em que a Costa do Marfim atacou e nós, tremedrosos, quase perdíamos;
"A FIFA deixou o Drogba jogar com aquela protecção, quando nem deixa os jogadores entrarem com fios nos pulsos" (Queirós) - Sacanas, eles deviam era ter partido uma perna ao Drogba, ou até mesmo impedir que ele jogasse no Mundial, porque só assim é que teríamos hipóteses;
"O treinador pôs-me a jogar à direita e, cinco minutos depois, tirou-me" (Deco) - Pois, pois, o Deco estava a jogar tão bem e era tão influente... Que nem se percebe porque esteve em campo tanto tempo!
Quando a renovação se faz como um work in progress as coisas são, de facto, mais lentas, mais difíceis e mais complicadas de gerir. O melhor mesmo é mudar completamente, alterar de cima a baixo e, quando se volta ao início, partir para uma nova etapa. Avançar do zero e almejar o melhor.
Tudo isto por causa das obras que tenho em casa...
No dia da criança esqueci-me da efeméride bacoca. Porque isto de ter crianças que já não o são, dá mais trabalho e cuidados do que se pensa: andamos sempre a ver em que param as novas modas... literalmente!
Saber o que é real significa desconhecer a irrealidade dos momentos que tantas vezes se atravessam à nossa frente. Todos os dias, há uma matriz surrealista nas nossas vidas, que esconde e supera o imaginário. Somos o que não vemos, porque tudo o que em torno de nós paira nos faz viver o impossível.
Homem ímpar. Mente brilhante. Professor exemplar. Tradutor dramático fenomenal. A sua morte, ontem, - estupidamente inacreditável - é uma perda enorme para a cultura portuguesa, em geral, e para a cultura dramática, em particular.
O Paulo Eduardo viverá sempre nos corações e na alma de quem o conheceu.
Um estado de espírito livre e pleno precisa apenas de coisas simples.
Na hora de cozinhar, cozinhamos; na hora de lavar a louça, lavamos a louça; na hora de sentar no sofá, sentamo-nos no sofá; na hora de falar, falamos; na hora de passear, passeamos.
E é tudo o que é preciso.
Parece simples. Mas não é.
Porque para isso é preciso abstrairmo-nos de tudo o resto. Não pensar em mais nada. Nem ouvir mais nada.
A irritaçãozinha que nos afecta os sentidos e o estado de espírito manifesta-se de vez em quando, especialmente nos momentos mais infelizes ou inúteis. Outras vezes surge apenas para dizer que existe e que não nos devemos esquecer dela. Parece aquela namorada do primeiro beijo: não valeria de muito para a vida, mas nunca mais nos sairá do pensamento.
Ano Xacobéo foi ano de peregrinação dos Marados a Santiago.
Que grupo jeitoso! Por esta altura, as canecas ainda estavam de pé e aguentavam-se.
Ao que parece, depois da visita à Catedral as pedras da santa terrinha foram viradas do avesso e os peregrinos que por lá andavam nunca mais serão os mesmos! Alguns há que ainda hoje se perguntam de onde teriam vindo aqueles ciclistas peregrinos! E como conseguiriam chegar a algum sítio...
James Randi é o velhinho de barbas brancas e ar sábio que se segue, e só por isso já valeria a pena ser ouvido com toda a atenção. Mas não é apenas por essa imagem que o coloco aqui, à vossa disposição. É antes porque as suas palavras duras (e divertidas) chamam a atenção para alguns factos incontornáveis: a charlatanice custa muito dinheiro e emoções às muitas pessoas crédulas que, em todo o mundo, acreditam nas patranhas que lhes são impingidas.
James Randi é um belo provocador e a charlatanice deveria ser punida.
"Tratando-se de uma fase distinta do seu anterior trabalho, afasta-se da linha do 'expressionismo matérico com sinais da pop art' e envereda por um claro pendor figurativo, assumindo a clássica estrutura bidimensional da representação, com apontamentos remissivos para autores representativos da pintura moderna.
Os trabalhos apresentados dividem-se em duas séries distintas: uma de trabalhos em técnica mista sobre tela, representando corpos femininos; outra de trabalhos em técnica mista sobre cartão, que representam personagens, também quase sempre femininas. Os corpos ou as personagens representados oscilam entre poses de sensualidade ou provocação."
São os generosos qualificativos e descritivos acima, extraídos do catálogo da exposição, que nos remetem para a obra do artista Eduardo Verde Pinho.
Às palavras prefiro, contudo, recordar vividamente os belos recortes das silhuetas, a exibição de corpos ora sensuais ora crus. São contornos resguardados por uma espécie de filtro, que a tela permite esconder atrás de um vidro fosco e o cartão revela à transparência.
São desafios contorcionados de figuras, que ora surgem desnudas e banhadas, ora revelam a cobertura de uma tensão constante.
Num traço levemente esbatido, pontilhado por gotículas de cores mortiças, sugestivas da luz do entardecer, ficam na memória muitos rostos por revelar e atitudes por escancarar.
Para ver, com olhos de reter, na Galeria Ap'Arte, à R. de Miguel Bombarda, 221, Porto, entre 17 de Abril e 29 de Maio.
Neste impressionante testemunho, Malalai Joya leva-nos ao interior do seu país e mostra-nos as situações de desespero que este povo tem de enfrentar diariamente. Descreve muitos dos actos de revolta que estão a ajudar o país a mudar: as mulheres que vão para a rua e protestam pacificamente contra a opressão em que vivem; os homens que protestam com elas de modo a que os fundamentalistas não as punam por andarem sozinhas; as famílias que dão o que podem à causa, nomeadamente as caves das suas casas para que possam servir de escolas clandestinas para raparigas, a quem é negado o acesso ao ensino. Determinada a deixar a sua marca no mundo, Malalai Joya é uma heroína que todos os dias enfrenta o perigo e se recusa a ficar calada.
MALALAI JOYA (n.1978) é uma activista afegã que se dedica à luta pelos direitos das mulheres, criticando igualmente o regime talibã e o actual governo afegão, liderado por Hamid Karzai. Eleita para a Lloya Jirga (o parlamento afegão) em 2005, aos 27 anos, foi suspensa do cargo em 2007, por ter alegadamente insultado outros deputados durante uma entrevista televisiva. Essa suspensão gerou uma onda de protesto a nível internacional. Desde então, encontra-se com a cabeça a prémio e tem sido vítima de atentados contra a sua vida. Malalai Joya foi protagonista do documentário, Enemies of Hapiness, de Eva Mulvad, premiado em 2007 no Festival de Berlim e em 2008 recebeu o prémio Anna Politkovskaya, atribuído pela organização RAW in WAR a mulheres defensoras dos direitos humanos em zonas de conflito.
Edição da Quidnovi, já à venda nas livrarias.
Ah, e para não esquecer, é mais uma tradução deste vosso amigo...
Diga-se que uma pausa para reflexão é, antes de tudo o mais, uma pausa. Se a reflexão virá ou não a acontecer, ou até a justificar-se, é algo que a duração da pausa poderá dizer. Mas também a capacidade de reflexão do próprio interessado. Que pode até não ser nenhuma.
Pois o caso é esse mesmo. Estou em pausa. Mas a reflexão é que não acontece.
Pobre de mim, reflectir não parece ser uma virtude inerente à minha inútil condição humana.
Eu sei que tenho andado distraído com tantas outras coisas. Eu sei que este não é o blogue que me propus editar e dar a conhecer. Eu sei que o início prometia mais escrita, menos som e melhores reflexões.
Será que ainda vou a tempo de emendar? Será que os poucos que me têm lido e aturado ainda estão para isso? Será que vale mesmo a pena?
Espero que sim. Ou pelo menos é isso que vou tentar.
1 - Balázio fulminante com o pé esquerdo
2 - Toque subtil com o pé direito
3 - Chapéu por cima do enorme Almunia
4 - Túnel pelo meio das pernas do desamparado Almunia
Turn the lights down
Rest your case
Leave me lonely, sugar
This honeymoon is alright
State your rights lightly
Leave your wicked minds outside
Time has come, to rest these tired eyes
Forever on, these sacred given vows will sit around by me
They're stronger than anything, than anything
Night is allright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints, better stand by our side now
By our side
Reason says -
Please don't break,
Fortune is the way it swings
Surely we'll get by.
Treason lives, and whenever I preach
Deep within, these promises fade.
For lullaby song on these nights of ours
Place our bets in here
To be stronger than anything
Than anything
Night is allright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints, better stand by our side now
Night is allright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints stand by our side now
Night is allright
Night is okay
Inside your arms the right fire
God forbid, we'll get ourselves burned!
Heroes and saints stand by our side now
O conselho da (minha eterna amiga) Anabela para ouvir este Baz Luhrmann, no tema "Everybody's Free (To Wear Sunscreen)", fez-me regressar aos anos 90 e a nostalgia instalou-se.
O SLB ganhou ontem mais uma taça. Ainda por cima não era um caneco, pois não permitia sequer beber um copito... Estranho para uma marca de cerveja!
Depois disso, hoje Portugal parece ter deixado de viver uma situação de crise e a chuva até parou. Ao que parece, muitas pessoas andam por aí felizes e hoje até trabalharam mais. Sorriram imenso e deitaram para trás das costas depressões e infelicidades várias.
Quanto aos índices de violência antes, durante e depois do jogo de ontem, parece-me que os mais preocupantes foram mesmo aqueles que ocorreram durante os muitos momentos de delírio e inconsciência profissional do Bruno Alves. Era seguramente resultado da sensação de inutilidade das suas correrias e dos seus colegas. Ou então julgava estar em frente da PlayStation, onde não é castigado por atitudes daquelas. Mas, afinal, o árbitro também não o castigou devidamente ontem. Preferiu castigar em pé de igualdade o sorriso do Aimar. Porquê? Alguém saberá explicar?
Os restantes incidentes de violência devem ser encarados como minutos instrutivos, em que alguns energúmenos, de um e do outro lado, deveriam ser deixados a sós, até se aniquilarem mutuamente e deixarem quem gosta de futebol usufruir do espectáculo. Talvez assim também eles ficassem felizes por desaparecerem da face do planeta, como bem mereciam!
Ah, é verdade, para verem futebol a sério, deliciem-se antes com este pequenito...
Ainda não vi, mas quando descobri este excerto do início do filme fui às lágrimas. Tenho de ver. Absolutamente. Tanta beleza na simplicidade de apenas quatro minutos e vinte é, sem dúvida alguma, imperdível.
Aos dias de sol assim apetece estrangulá-los por algumas horas, especialmente enquanto não podemos sair da frente da secretária.
Ao menos por algumas horas deveríamos poder usufruir daquele milhão de euros que ofereceram ao ex-administrador da PT (coitadinho...) para nos presentearmos com coisas boas e momentos adoráveis.
Se viver o dia-a-dia fosse mais fácil Ele não nos teria deixado por cá, sozinhos... também por cá andaria, a gozar a vida.
não, não tenho vontade de dizer nada. os dias ficaram outra vez bonitos. as noites estreladas e isso... mas não me apetece! circunstancial? talvez. Preguiça? muito certamente. enjoo? sem dúvida.
mas a vida é mesmo só isto. uma acumulação de tudo e de nada, em que o nada muitas vezes fica a ganhar.
Depois do fim-de-semana risonho, com o Clube da Comédia (fantásticos Aldo, Eduardo e Bruno) e afectuosamente maravilhoso, com os extraordinários Oquestrada - que concerto fabuloso! - o domingo trouxe as notícias tristes da Isaurinha... Que os ventos soprem para o lado certo!
O meu "povo" anda todo pelas Correntes d'Escritas. Ainda bem, pois o encontro anual revigora energias, mostra o que de novo se faz na literatura deste nosso cantinho e permite olhar para o umbigo e dizer "Que bons que somos, todos nós!"
Cá por mim, prefiro ver, amanhã, no Centro de Arte de Ovar, os Oquestrada... Tenho Grandes Esperanças, e não é no Charles Dickens!
Não saberia dizer qual a motivação da escrita que ora se faz. Apenas que um curto momento determinou saber que, na terra onde nasci, pessoas houve que foram seriamente afectadas por um mini-tornado. Pessoas que conheço desde sempre e se viram subitamente metidas em sarilhos provocados por uma natureza inconstante e que, nos últimos tempos, parece querer dizer ao Homem que quem manda é realmente ela.
Rivalidades irrisórias e ambições mesquinhas entre os seres humanos destroem o planeta em que vivemos e provocam situações irreversíveis. Os danos pessoais e materiais tendem a ser maiores face ao que as previsões já apontam - senão veja-se o que acontece na Madeira. Entretanto, governantes e exploradores gananciosos continuam a assobiar para o lado e a fazer de conta que está tudo bem e que as suas sábias decisões são as mais correctas. Quando não são.
Tomara que os mini-tornados atacassem o interior dessas cabeças não-pensantes.
Tomara que a irrealidade da ambição desses indivíduos terminasse.
Senão, seremos todos vítimas duma catástrofe em que pagamos já um preço demasiado elevado.
Pois é. No futebol ainda há quem pense primeiro, em vez de andar ao murro em túneis, ou de bater forte e sem pejo nos adversários.
Avin Motevaselzadeh, iraniano, devia receber uma medalha e o reconhecimento universal pela atitude que teve no jogo entre o Aboomoslem e o Moghavemat, que os da casa acabariam por ganhar por 3-0. Motevaselzadeh poderia ter marcado golo, mas quando o seu companheiro de equipa embateu no guardião da casa e a bola foi parar à frente de Motevaselzadeh, este resolveu atirar a bola para fora, para que fosse prestada assistência ao guarda-redes.
Não marcou golo e não ganhou o jogo. Mas ganhou um prémio bem maior. O respeito e a admiração de todos os que assistiram ao seu gesto.
Só uma nota, reparem que ele não dá qualquer atenção ao seu colega de equipa! Será que estavam zangados? Ou já tinham andado à bofetada nos treinos?!
Já lá diz o Francisco José Viegas, estas calhandrices - a que eu prefiro chamar pulhices - não poderiam vir de outras cabecinhas pensadoras. É afinal a isto que se dedicam os nossos ilustríssimos e dispendiosos dirigentes políticos. E não os podemos simplesmente dispensar?
Esta crónica de Mário Crespo, que deveria ter sido publicada no JN de hoje, mas que terá sido censurada pela direcção do referido jornal, reafirma a tese de ingerência do poder político do PS - com o primeiro-ministro como grande mentor - no que os jornalistas podem ou devem dizer.
Sendo Sua Excelência, o nosso primeiro-ministro, um zeloso defensor de tudo o que omnisciente afirma, não pode deixar que o Mário Crespo continue a pronunciar-se livremente.
Estaremos perante um novo caso Manuela Moura Guedes?
A posição de força de um arquitecto. Será que poderia aplicar-se também a outras profissões, em que os clientes e intermediários não deveriam ser os dominadores? Talvez.
Então, têm sido desobedientes, como pedi? Pois agorinha chegou a hora da obediência. Vem aí o fim-de-semana.
Vá lá, têm mesmo de se portar bem. Porque ao Sábado e Domingo nada melhor do que satisfazer todas as vontadinhas e cumprir com tudo e mais alguma coisa para a vidinha correr bem.
E se sentirem ganas de desobedecer, espaireçam. Vão dar uma curta voltinha. E regressem só na segunda-feira. Mais aliviados. Força aí, pessoal.
A aparente anarquia da guitarra e das imagens de Twilite apenas reforça a noção de que a desobediência é um estado de espírito, que deveria ser sobretudo mental e permanente, perante este ridículo mundo organizadinho em que vivemos.
"Disobey".
Vamos lá pôr nomes às coisas... Manifestem-se. Todas as asneiras que vos apetecer dizer é agora. Este é o fim-de-semana adequado para isso. Atirem-se sem pensar muito. Chamem-lhes o que quiserem e mais vos apetecer. Não perdoem. Digam o que vos vier à cabeça. Vale gritar, a sério! Vale a pena a experiência...
Já agora, inspirem-se com o som dos The Ting Tings e "That's Not My Name".
Editada em Portugal pela ASA, com tradução de Jorge Almeida e Pinho, está finalmente completa a série de livros juvenis de Andy McNab e Robert Rigby sobre as aventuras de um rapaz chamado Danny Watts e do seu avô, Fergus, ex-soldado dos SAS britânicos e alegadamente traidor da pátria.
Ao longo dos quatro livros - O Rapaz-Soldado, O Vingador, A Desforra e O Desfecho - Danny parte em busca do avô, encontra-o e envolve-se em inúmeras peripécias, que nos remetem para as ameaças e vivências do mundo contemporâneo, e que o levam a viver experiências muito duras e a enfrentar perigos que só com enorme engenho e coragem poderá ultrapassar.
A movida no panorama editorial continua bem inflamada neste nosso Portugal. Desta vez é a Sextante, do extraordinário João Rodrigues, que a Porto Editora anunciou oficialmente passar a fazer parte do seu universo. Se da associação entre os amigos editores Manuel Alberto Valente e João Rodrigues não seria de esperar outra coisa e seria até sonho antigo, é evidente que João Rodrigues mostrou-se muito mais satisfeito por ter agora à sua disposição meios que nunca terá tido no âmbito da comunicação e distribuição. Aliás, e seguindo a lógica mais recente, o futuro da Sextante poderia estar em causa devido à actual política de mercado.
Espero sinceramente que o natural entusiasmo do João Rodrigues, que afirmou «ter uma autonomia total nos projectos» e que tem como principal objectivo com a Sextante «construir um projecto cultural, editar livros que signifiquem algo», e ainda «agrada-me estar num grupo que percebe que o livro conta para alguma coisa», não venha a ser afectado pela lógica de grandeza que a Porto Editora parece querer alimentar, em concorrência muito directa com o Grupo LeYa.
Então não é que estava eu a pensar que um dia gostaria muito de poder ver os Camera Obscura ao vivo, quando recebi a informação que, no dia 27 de Fevereiro, estariam bem perto de mim, na Feira, no magnífico Festival para Gente Sentada, juntamente com Dakota Suite e Noiserv.
Vai daí, olho para o calendário com mais atenção e reparo que nesse mesmo dia, à mesma hora, terei antes que estar a ver os Oquestrada, em Ovar! É ou não uma coincidência do ca...
É de luz que precisamos urgentemente. De uma luz que inunde as nossas vidas e nos faça vivê-las em pleno. Porque uma vida sombria não vale a pena continuar a ser vivida.
É por isso que os sons de Jon Hopkins, em "Light through the veins", fazem mais do que todo o sentido.
You are my sister, we were born
So innocent, so full of need
There were times we were friends but times I was so cruel
Each night I'd ask for you to watch me as I sleep
I was so afraid of the night
You seemed to move through the places that I feared
You lived inside my world so softly
Protected only by the kindness of your nature
You are my sister
And I love you
May all of your dreams come true
We felt so differently then
So similar over the years
The way we laugh the way we experience pain
So many memories
But theres nothing left to gain from remembering
Faces and worlds that no one else will ever know
You are my sister
And I love you
May all of your dreams come true
I want this for you
They're gonna come true (gonna come true)