quarta-feira, 28 de abril de 2010

Absoluto

Um estado de espírito livre e pleno precisa apenas de coisas simples.
Na hora de cozinhar, cozinhamos; na hora de lavar a louça, lavamos a louça; na hora de sentar no sofá, sentamo-nos no sofá; na hora de falar, falamos; na hora de passear, passeamos.
E é tudo o que é preciso.
Parece simples. Mas não é.

Porque para isso é preciso abstrairmo-nos de tudo o resto. Não pensar em mais nada. Nem ouvir mais nada.

O absoluto sempre foi complicado.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Irritação

A irritaçãozinha que nos afecta os sentidos e o estado de espírito manifesta-se de vez em quando, especialmente nos momentos mais infelizes ou inúteis. Outras vezes surge apenas para dizer que existe e que não nos devemos esquecer dela. Parece aquela namorada do primeiro beijo: não valeria de muito para a vida, mas nunca mais nos sairá do pensamento.
AAAAARRRRGGGGHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Marados em Santiago


Ano Xacobéo foi ano de peregrinação dos Marados a Santiago.
Que grupo jeitoso! Por esta altura, as canecas ainda estavam de pé e aguentavam-se.

Ao que parece, depois da visita à Catedral  as pedras da santa terrinha foram viradas do avesso e os peregrinos que por lá andavam nunca mais serão os mesmos! Alguns há que ainda hoje se perguntam de onde teriam vindo aqueles ciclistas peregrinos! E como conseguiriam chegar a algum sítio...

James Randi

James Randi é o velhinho de barbas brancas e ar sábio que se segue, e só por isso já valeria a pena ser ouvido com toda a atenção. Mas não é apenas por essa imagem que o coloco aqui, à vossa disposição. É antes porque as suas palavras duras (e divertidas) chamam a atenção para alguns factos incontornáveis: a charlatanice custa muito dinheiro e emoções às muitas pessoas crédulas que, em todo o mundo, acreditam nas patranhas que lhes são impingidas.
James Randi é um belo provocador e a charlatanice deveria ser punida.

Estão a ouvir, Júlia Pinheiro e Cª????

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Elas

"Tratando-se de uma fase distinta do seu anterior trabalho, afasta-se da linha do 'expressionismo matérico com sinais da pop art' e envereda por um claro pendor figurativo, assumindo a clássica estrutura bidimensional da representação, com apontamentos remissivos para autores representativos da pintura moderna.
Os trabalhos apresentados dividem-se em duas séries distintas:  uma de trabalhos em técnica mista sobre tela, representando corpos femininos; outra de trabalhos em técnica mista sobre cartão, que representam personagens, também quase sempre femininas. Os corpos ou as personagens representados oscilam entre poses de sensualidade ou provocação."

São os generosos qualificativos e descritivos acima, extraídos do catálogo da exposição, que nos remetem para a obra do artista Eduardo Verde Pinho.
Às palavras prefiro, contudo, recordar vividamente os belos recortes das silhuetas, a exibição de corpos ora sensuais ora crus. São contornos resguardados por uma espécie de filtro, que a tela permite esconder atrás de um vidro fosco e o cartão revela à transparência.
São desafios contorcionados de figuras, que ora surgem desnudas e banhadas, ora revelam a cobertura de uma tensão constante.
Num traço levemente esbatido, pontilhado por gotículas de cores mortiças, sugestivas da luz do entardecer, ficam na memória muitos rostos por revelar e atitudes por escancarar.

Para ver, com olhos de reter, na Galeria Ap'Arte, à R. de Miguel Bombarda, 221, Porto, entre 17 de Abril e 29 de Maio.

domingo, 18 de abril de 2010

A Jóia Afegã


Neste impressionante testemunho, Malalai Joya leva-nos ao interior do seu país e mostra-nos as situações de desespero que este povo tem de enfrentar diariamente. Descreve muitos dos actos de revolta que estão a ajudar o país a mudar: as mulheres que vão para a rua e protestam pacificamente contra a opressão em que vivem; os homens que protestam com elas de modo a que os fundamentalistas não as punam por andarem sozinhas; as famílias que dão o que podem à causa, nomeadamente as caves das suas casas para que possam servir de escolas clandestinas para raparigas, a quem é negado o acesso ao ensino. Determinada a deixar a sua marca no mundo, Malalai Joya é uma heroína que todos os dias enfrenta o perigo e se recusa a ficar calada.

MALALAI JOYA (n.1978) é uma activista afegã que se dedica à luta pelos direitos das mulheres, criticando igualmente o regime talibã e o actual governo afegão, liderado por Hamid Karzai. Eleita para a Lloya Jirga (o parlamento afegão) em 2005, aos 27 anos, foi suspensa do cargo em 2007, por ter alegadamente insultado outros deputados durante uma entrevista televisiva. Essa suspensão gerou uma onda de protesto a nível internacional. Desde então, encontra-se com a cabeça a prémio e tem sido vítima de atentados contra a sua vida. Malalai Joya foi protagonista do documentário, Enemies of Hapiness, de Eva Mulvad, premiado em 2007 no Festival de Berlim e em 2008 recebeu o prémio Anna Politkovskaya, atribuído pela organização RAW in WAR a mulheres defensoras dos direitos humanos em zonas de conflito.

Edição da Quidnovi, já à venda nas livrarias.
Ah, e para não esquecer, é mais uma tradução deste vosso amigo...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pausa

Diga-se que uma pausa para reflexão é, antes de tudo o mais, uma pausa. Se a reflexão virá ou não a acontecer, ou até a justificar-se, é algo que a duração da pausa poderá dizer. Mas também a capacidade de reflexão do próprio interessado. Que pode até não ser nenhuma.
Pois o caso é esse mesmo. Estou em pausa. Mas a reflexão é que não acontece.
Pobre de mim, reflectir não parece ser uma virtude inerente à minha inútil condição humana.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Eu sei

Eu sei que tenho andado distraído com tantas outras coisas. Eu sei que este não é o blogue que me propus editar e dar a conhecer. Eu sei que o início prometia mais escrita, menos som e melhores reflexões.
Será que ainda vou a tempo de emendar? Será que os poucos que me têm lido e aturado ainda estão para isso? Será que vale mesmo a pena?

Espero que sim. Ou pelo menos é isso que vou tentar.

Aguardem um regresso mais inspirado...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Messi

1 - Balázio fulminante com o pé esquerdo
2 - Toque subtil com o pé direito
3 - Chapéu por cima do enorme Almunia
4 - Túnel pelo meio das pernas do desamparado Almunia

Mais palavras para quê? É o Messi!


quinta-feira, 1 de abril de 2010